Caranguejo violinista

Caranguejo-violinista

  • Nome científico: Uca Tangeri
  • Nome comum: Caranguejo violinista, caranguejo pinça, boca cava terra, boca de cavalete
  • Tamanho do aquário: 200 a 300 litros
  • Temperamento: Calmo
  • Temperatura: Entre 24º e 26ºC
  • pH: Entre 7 e 8,9
  • Dieta: Omnívoros
  • Comprimento: 2,5 a 4 cms

Descrição

O caranguejo violinista é um crustáceo adequado para um aquário marinho, replicando um biótopo tropical e tendo algo a ver com áreas mais próximas da costa. Tem uma série de nomes comuns além do caranguejo violinista, que é como é conhecido mundialmente: caranguejo violinista, caranguejo de boca, caranguejo de uma garra, caranguejo de pinça, caranguejo de boca ou caranguejo de barril são outros nomes igualmente populares.

Seu nome «caranguejo violinista» se deve ao fato de ter uma garra hipertrofiada, que se move em um movimento rítmico de vaivém, reminiscente dos movimentos de um violinista. Também é verdade que dentro dos caranguejos violinistas, existem diferentes espécies: Uca Tangeri, Uca Pugnax… a que mais define a espécie, para meu gosto, é a Uca Tangeri, que é a maior do gênero Uca.

Morfologia

Se há uma coisa que distingue o caranguejo violinista à primeira vista, é uma garra hipertrofiada, que no macho não pára de crescer, e por esta razão é maior do que a outra. Esta garra é usada tanto para cortejar as fêmeas quanto para lutar entre os machos ou para afastar os predadores. É possível que, durante sua vida útil, ela perca sua garra hipertrofiada devido ao uso que faz dela. Nesses casos, a garra menor começa a crescer e a garra perdida se desenvolve novamente, mas permanece pequena.

Os Uca têm três partes distintas: a cabeça, o tórax e as pernas. Tem quatro pares de pernas que são usadas para movimento, e duas outras pernas, que todos conhecem como garras, embora seu nome científico seja chelicerae. As chelicerae, por sua vez, são formadas por dois dedos, um fixo e o outro móvel, apresentando a típica forma de «pinça» de todos os caranguejos.

Tem pedúnculos oculares, no final dos quais estão os olhos, com os quais tem um campo de visão muito amplo. Entre as hastes dos olhos estão pequenas antenas, que utiliza como um órgão tátil. Sua cor habitual depende em grande parte da espécie e do local em que habita. Os caranguejos violinistas podem ser encontrados em cores muito brilhantes, variando de violeta a preto.

Tem a capacidade de mudar de cor sob certas circunstâncias, como a mudança do dia para a noite, na presença de predadores, durante a época de acasalamento, ou mesmo devido à mudança de estação. As garras são de cor marrom-alaranjada, às vezes amarelas ou esbranquiçadas. O dimorfismo sexual é evidente nesta espécie, com o macho tendo uma garra hipertrofiada, enquanto a fêmea tem duas garras de igual tamanho. As caranguejos fêmeas também têm um abdômen oval, enquanto os machos têm uma forma triangular.

Distribuição e habitat

O caranguejo-do-mato é amplamente distribuído ao longo de várias costas tropicais, mas o Uca tangeri tem uma distribuição localizada do sul de Portugal ao sul de Angola, correspondendo ao Atlântico oriental. Seu habitat natural é muito diversificado graças à sua adaptabilidade, é possível encontrá-lo em praias, manguezais, zonas úmidas, estuários e desembocaduras de rios e, sob certas circunstâncias, pode viver em água doce.

Condições do aquário

Eles precisam de um grande aquário de cerca de 300 litros, no qual o fundo deve ser arenoso, pois os caranguejos têm o hábito de cavar na areia para se esconderem e se protegerem. Esta espécie não é muito sensível às variações de salinidade e pH. A temperatura ideal está entre 24º e 26ºC, e o pH pode estar entre 7 e 8,9.

É comum deixarem a água em busca de áreas úmidas e bem iluminadas, que devem ser providas ou de rochas (que também podem servir de proteção) ou de alguma madeira. Se o aquário escolhido for apenas para manter caranguejos, misturados com alguma outra variedade de invertebrados, não deve ser completamente preenchido, de modo que deixemos o habitat o mais próximo possível do original: costa ou praia. As plantas podem ser adicionadas ao aquário, mas é recomendável que sejam feitas de plástico, pois isso as quebraria.

Dieta

A Uca tangeri é onívora, ela comerá tanto presas vivas quanto presas mortas de origem animal. No aquário, podemos oferecer-lhes artemia, plâncton e escamas de peixe. Eles também se alimentarão de algas, tanto aquelas que podemos fornecer como aquelas que podem aparecer naturalmente no aquário.

Os caranguejos tendem a mudar seu exoesqueleto (sua pele) constantemente a fim de crescer, portanto não devemos ajudá-los a mudá-lo, nem devemos nos preocupar em que comam menos ou não comam nada durante este período. Também não devemos remover a pele, pois é comum comê-la, devido ao cálcio que ela contém.

Comportamento e compatibilidade

Os caranguejos violinistas não são agressivos para outras espécies, embora os machos sejam territoriais, portanto, se houver vários deles no aquário, eles devem ter espaço suficiente. Devido às necessidades específicas do aquário, eles podem compartilhar espaço com outros crustáceos e alguns moluscos.

Reprodução

Eles não são uma espécie fácil de se reproduzir no aquário. Na natureza, sabe-se que a reprodução começa com o cortejo do macho, que atrai a fêmea para sua caverna ou toca. A fêmea carrega os ovos fertilizados pelo macho por cerca de duas semanas, durante as quais ela permanece escondida na caverna.

No final deste período, a fêmea sai da caverna quando os ovos estão prestes a eclodir. As larvas de caranguejos vivem no mar até completarem sua metamorfose.

Dicas

O caranguejo violinista é uma espécie resistente, que normalmente não é atacada por doenças, mas podem surgir problemas se não mantivermos a água nas condições adequadas de temperatura e limpeza.

Não devemos entrar em pânico quando vemos que eles mudam de pele, nem se observarmos que perderam alguns de seus membros, eles se regeneram. É aconselhável mudar a água periodicamente, pois notaremos que elas se tornam mais ativas.